“Ai de mim se eu não anunciar o evangelho!” (I Cor 9, 16). São Paulo traz-nos seu exemplo de missionário, para iluminar nossa revisão de vida e missão. Lembra-nos que o anúncio da boa nova de Cristo não nos traz glórias, nem posição privilegiada na sociedade. É, antes, uma exigência própria da nossa condição de batizados.
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Somos convocados pela Igreja, neste mês de outubro, a revermos a nossa vocação missionária. O Papa Francisco, com sabedoria, propõe-nos o tema “Jesus Cristo é missão” e o lema, “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4, 20). Quer provocar toda a Igreja a reacender a chama do entusiasmo do encontro com Jesus e sua Boa Nova, sua vida, morte e ressurreição, suas lições de amor fraterno, serviço e partilha, que vêm cativando os pequeninos, pobres, pecadores de todos os tempos. E o livro dos Atos dos Apóstolos é uma cartilha ideal para nossa leitura orante, onde vamos conferir com os primeiros cristãos, o quanto o Espírito Santo de Cristo age no coração, na vida de quem o acolhe e na propagação do Reino até os confins da terra, como ordenara o Senhor. Apóstolos, discípulos e discípulas, a partir da experiência do encontro com Jesus, entregaram-se à missão apaixonada de levar a todos sua Boa Nova: “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos”. …mesmo à custa da própria vida, do martírio.
Na mensagem para o Dia Mundial das Missões, Papa Francisco escreveu:
O tema do Dia Mundial das Missões deste ano – ‘não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos’ (At 4, 20) – é um convite dirigido a cada um de nós para cuidar e dar a conhecer aquilo que tem no coração.
Possuímos o testemunho vivo de tudo isto nos Atos dos Apóstolos, livro que os discípulos missionários sempre têm à mão. É o livro que mostra como o perfume do Evangelho se difundiu à passagem deles, suscitando aquela alegria que só o Espírito nos pode dar. (Francisco, 06/01/2021)
Eis a importância do Missionário, em nossos dias e sempre: ser presença profética, que anuncia e testemunha o Cristo, pois “Jesus Cristo é missão”. De que adianta uma religião de devoções, fechada entre as paredes do templo ou das casas, se o mundo grita por amor, respeito, dignidade, justiça e paz? Diz-nos Francisco: “Hoje, Jesus precisa de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão”.
Seja toda a nossa vida uma constante entrega à obra missionária que o Senhor nos confiou! Ousemos, como os primeiros cristãos, cultivar os mesmos sentimentos de Jesus, suas palavras e gestos do amor que não é geográfico, mas existencial, junto a todos, os mais próximos, mas também os irmãos nas periferias.
Senhora de Fátima, Mãe peregrina, missionária incansável, ensina-nos a ser mensageiros e instrumentos de compaixão!
Francis Paulina Lopes da Silva
Apostolado da Oração