“… Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir!” (Jr 20,7)
O convite é a base para toda evangelização; precisamos ter a missão de propagar a Palavra do Senhor, mas também precisamos saber qual o momento de silenciarmos. Quando comunicamos, estamos criando a expectativa de que seremos ouvidos; porém, muitas vezes, as respostas não são como desejamos que fossem. Mas é preciso aprender a receber o Silêncio como aquele retorno esperado.
O Papa Bento XVI deixa isso muito claro quando diz: “… não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva”. A partir destas palavras, vemos o quão é importante o ato de se comunicar, o quão é necessário aprendermos a ouvir e, sobretudo, o quão é importante aprender a ouvir o Silêncio.
Uma criança já se comunica com sua mãe desde o primeiro momento de sua geração. No silêncio do ventre materno, ela transmite a esperança sobre a vida, a vontade de poder fazer parte de uma vida. E é neste contexto que nós, como comunidade, temos de aprender a interagir com esse novo mundo, um mundo que não se desliga, um mundo que sente a necessidade de comunicar, desabafar, perdoar e, ou, até mesmo amar.
A instantaneidade da internet nos coloca num extraordinário meio de comunicação, em que essa interatividade descentralizada dispara um mundo de possibilidades comunicativas, e, sobretudo, a propagação da Palavra de Deus, que tem como fundamento o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo, focado na Paz, na Solidariedade e no Diálogo.
Maria nos ensina que não somos órfãos, nem de mãe e nem de pai; a Igreja tem uma mãe e essa mãe é Maria, a que ensina seus filhos. Ninguém melhor que Maria para comunicar a Boa Nova. Maria foi a primeira Cristã, a primeira a abraçar o projeto de Deus, a primeira a assumir Jesus em seu ventre.
Com isso, Maria comunica, com alegria, que ser cristão é amar a Deus e ao seu próximo sobre todas as coisas.