Dia 27 de agosto, relembramos Dom Luciano Mendes de Almeida. Faz 13 anos de sua passagem do tempo presente para a continuidade da vida eterna. Certa feita, Dom Luciano – que era filósofo_ dizia que a “morte não existe”. E isso é que nos alegrava e nos motivava para viver e fazer o bem aos outros, como ele mesmo tanto incentivava. Dom Luciano ficava triste com o sofrimento dos outros, ele os entranhava e para tudo o que dependia de si dava-se um jeito de minorar ou vencer.
Fico pensando, após este tempo, quantos o procurariam para pedir-lhe um parecer, um apoio, caridade ou ação mais planejada no combate à violência, ao genocídio, à exclusão e ou necessidade qualquer que merecesse sua palavra ou atitude.
A Arquidiocese conta com uma faculdade que tem seu nome “Faculdade Dom Luciano”; creches ganharam seu patrocínio, como uma que se encontra em Congonhas, a qual está fechada porque fica defronte aàbarragem Casa de Pedra da CSN. A empresa não quer assumir o risco para as 130 crianças da creche e o Poder Público teme recolocar as crianças no espaço construído sem a segurança exigida.
Os institutos federais estão diminuindo seus investimentos, muitos trabalhadores estão sendo demitidos e não se espera positivamente o futuro da educação para as juventudes. Os povos indígenas estão sendo ameaçados em suas terras, na Amazônia, por conta do garimpo, das madeireiras e dos projetos não ambientais que se aproximam.
Muita coisa aconteceu nesses 13 anos. Tenho como positiva a reedição dos Fóruns Sociais pela Vida na Arquidiocese e a caminhada pastoral que se empreendeu em favor da evangelização dos jovens e dos pobres. Há muito a fazer, mas sempre na ótica da “comunhão e da participação” como tão bem falava Dom Luciano. Sinal de vida na contramão histórica é, também, a construção de 90 casas do projeto “Minha Casa Minha Vida”, em Entre Rios de Minas, projeto este que leva seu nome eé da Moradia Popular. Dom Luciano Vive!
Pe. Paulo Barbosa