A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB e mais de 100 entidades da sociedade civil lançaram, no início de setembro, uma grande Aliança Democrática, em que pedem reforma política e eleições limpas no nosso país. A Aliança quer afastar o efeito pejorativo da influência do poder econômico das eleições, proibindo a doação de empresas para as campanhas políticas.
Deseja, ainda, reformular o sistema político, incluindo a questão de gênero e estimular a participação das minorias, sem as quais não se constrói cidadania. Precisamos de uma democracia participativa, pois temos sentido as dificuldades vividas por nossa democracia representativa, onde, na maioria das vezes, nossos representantes não nos representam; então, queremos a regulamentação do artigo 14, da Constituição, em favor da democracia direta.
Necessitamos acabar com os partidos de aluguel, que só existem para fazer alianças em épocas de eleição e não têm um compromisso programático de governo, não existem para governar, e sim para influenciar nas eleições, aumentar a participação de militantes e filiados em torno de um programa político.
Garantir a fidelidade partidária é outra bandeira, pois políticos mudam de partidos, às vezes, para defender seus interesses, e não os interesses do povo.
Estas pautas coroam as discussões feitas pela 5ª Semana Social Brasileira, trabalho realizado nas paróquias, regiões e dioceses. De baixo para cima, vamos construindo um novo Brasil.